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Feirantes do Shopping Popular confirmam fraude

Feirantes do Shopping Popular confirmam fraude Em depoimento à Divisão Especial de Crimes contra a Administração Pública, 10 feirantes den...


Feirantes do Shopping Popular confirmam fraude
Em depoimento à Divisão Especial de Crimes contra a Administração Pública, 10 feirantes denunciam a negociata
Matéria de 17/11/2010 
Shopping Popular: a ocupação dos boxes virou um negócio, que atenderia interesses de servidores públicos(foto: Breno Fortes/CB/D.A Press - 14/11/10 )A Polícia Civil ouviu ontem o depoimento de 10 feirantes do Shopping Popular. Eles confirmaram o esquema de venda e repasse ilegal de boxes, bem como a participação do ex-servidor público Francisco das Chagas, o Chaguinha. “Ele obedecia aos mandos e desmandos de Caio Donato”, explicou Henri Teles, delegado adjunto da Divisão Especial de Crimes contra a Administração Pública (Decap). Os lojistas locais denunciaram à polícia que alguns ambulantes do Shopping Popular usavam o local como empreendimento particular. Entre os depoentes, houve quem relatasse que vendeu os boxes para outros comerciantes mediante pagamento de propina, que variava de R$ 4 a R$ 5 mil.
O delegado Henri Teles estuda pedir à Justiça a prorrogação da prisão dos cinco acusados de participar do suposto esquema, desvendado durante a Operação Fafnir II, realizada Polícia Civil. A prisão temporária de cinco dias vence amanhã, à meia-noite. Até ontem, permaneciam detidos o presidente da Associação do Shopping Popular (Asshop), Caio Donato, a vice-presidente, Marialva Rocha da Silva, a presidente da Associação dos Feirantes, Ambulantes e Comerciantes do DF, Edmárcia de Albuquerque Cardoso, e dois ex-servidores do GDF, Elizabete Guilherme Raimundo e o ex-subordinado dela Francisco das Chagas. Ambos estavam lotados na Coordenadoria de Serviços Públicos, extinta em maio deste ano.
12 bancas
Todos os boxes foram construídos com quatro metros quadrados e cada feirante tinha direito a apenas uma loja. Mas os policiais descobriram que uma pessoa chegava a ter até 12 bancas. Apesar da reduzida dimensão das lojas, uma concessionária de motocicletas funcionava no local, conforme o Correio noticiou com exclusividade no último dia 7. Segundo o diretor da Decap, Flamarion Vidal, para ter direito a boxes, o novo empreendedor era obrigado a pagar à associação entre R$ 6 mil e R$ 80 mil O dinheiro seria rateado entre os integrantes da quadrilha. Após o pagamento, Chaguinha e Elizabete Guilherme providenciavam a publicação da lista dos novos proprietários no Diário Oficial do DF.
Aldenira Silva Menezes, 47 anos, por pouco não perdeu o Boxe 31, na Ala A do Shopping Popular. Ela conta que a loja foi sorteada pelo GDF e doada para seu filho, Carlos Alberto Conceição, na época, ambulante retirado da área central de Brasília. Sem movimento no lugar, ele foi trabalhar com o pai, que é taxista, mas antes fez uma procuração passando a banca para o nome da mãe. Este ano, Aldenira se assustou, ao saber pelo Diário Oficial do DF que outra pessoa foi nomeada ocupante do boxe que pertencia a seu filho. Ela conta que procurou o Chaguinha. “Ele disse que eu tinha perdido meu boxe. Fiquei desesperada, porque é a única banca que tenho na feira.” Aldenira recorreu a Caio Donato para pedir ajuda, mas não teve o problema resolvido.






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