Ex-presidentes defenderam o posicionamento do presidente argentino Alberto Fernández de protecionismo no bloco do Mercosul, enquanto o min...
Ex-presidentes defenderam o posicionamento do presidente argentino Alberto Fernández de protecionismo no bloco do Mercosul, enquanto o ministro da economia brasileiro cobra menores taxas de importaçãoNeste sábado, 5, os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva assinaram uma carta em defesa do presidente argentino, Alberto Fernández , está sendo pressionado pelo governo brasileiro para reduzir a Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, usada pelo bloco para importações de países externos ao bloco.
Os ex-presidentes se mostraram contrários à proposta do ministro da Economia Paulo Guedes.
“Concordamos com a posição do presidente da Argentina, Alberto Fernández, de que este não é o momento para reduções tarifárias unilaterais por parte do Mercosul, sem nenhum benefício em favor das exportações do bloco”, se lê na nota de FHC e Lula.
“Concordamos com a posição do presidente da Argentina, Alberto Fernández, de que este não é o momento para reduções tarifárias unilaterais por parte do Mercosul, sem nenhum benefício em favor das exportações do bloco”, se lê na nota de FHC e Lula.
“Concordamos também que é necessário manter a integridade do bloco, para que todos os seus membros desenvolvam plenamente suas capacidades industriais e tecnológicas e participem de modo dinâmico e criativo da economia mundial contemporânea.”
Os governos brasileiro e argentino estão mergulhados numa negociação conflituosa desde 2020 que ameaça o futuro do Mercosul.
Os governos brasileiro e argentino estão mergulhados numa negociação conflituosa desde 2020 que ameaça o futuro do Mercosul.
O embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, dedicou as últimas semanas a recolher apoio à posição argentina na disputa, incluindo em sua agenda encontros com os ex-presidentes brasileiros.
Paulo Guedes defende a diminuir em 10% a TEC e maior flexibilidade para que os países membros negociem acordos bilaterais individualmente. Fernández insiste que a redução da tarifa seja inferior ao percentual sugerido pelo governo brasileiro e que incida somente sobre bens intermediários, e não sobre produtos finais.
Paulo Guedes defende a diminuir em 10% a TEC e maior flexibilidade para que os países membros negociem acordos bilaterais individualmente. Fernández insiste que a redução da tarifa seja inferior ao percentual sugerido pelo governo brasileiro e que incida somente sobre bens intermediários, e não sobre produtos finais.
Segundo o governo argentino, as propostas de Guedes colocariam em risco a indústria argentina, uma vez que, com a diminuição da TEC acirraria a competição entre as importações e a produção local.
O governo brasileiro, por sua vez, acusou o país vizinho de pouca ambição e protecionismo.
Em paralelo, o governo argentino fez uma nova proposta, ainda informal, sobre a reforma da TEC: a Argentina aceitaria que o Brasil fizesse uma redução de 10% agora, e se comprometesse a baixar 10% da TEC de 75% de suas posições tarifárias em janeiro de 2022.
Em paralelo, o governo argentino fez uma nova proposta, ainda informal, sobre a reforma da TEC: a Argentina aceitaria que o Brasil fizesse uma redução de 10% agora, e se comprometesse a baixar 10% da TEC de 75% de suas posições tarifárias em janeiro de 2022.
Mas a proposta não fala num segundo corte de 10%, algo considerado essencial pela equipe econômica brasileira. Dentro do Mercosul, o governo brasileiro tem o apoio do Uruguai, um histórico defensor da abertura e da liberdade de negociar acordos individualmente. Na última cúpula de presidentes do bloco, o presidente da Argentina disse a seu colega uruguaio, Luis Lacalle Pou, que, se não estiver satisfeito, desça do barco.
Nenhum comentário