Bita do Barão e a Mãe de Santo Maria Madalena Quem não gostaria de descobrir o segredo da longevidade não é mesmo? Wilson Nonato de ...
Bita do Barão e a Mãe de Santo Maria Madalena |
Quem não gostaria de descobrir o segredo da longevidade
não é mesmo? Wilson
Nonato de Souza, o Mestre Bita do Barão de Guaré e o mais respeitado babalorixá do Brasil sabem bem como é isso. Em 2015, ele comemorou seus 106 anos de idade,
boa parte dedicada aos conceitos religiosos, uma marca significativa de
longevidade e perseverança no culto aos orixás.
É no Palácio de Iansã na cidade maranhense de Codó, que reside o Comendador da República Bita do
Barão, um ícone da cultura brasileira que povoa o imaginário dos maranhenses,
brasileiros e de algumas pessoas espalhadas pelo mundo. Lá tudo é grandioso. É um apreciável Palácio de Iemanjá com sua
vistosa e rica Galeria dos Orixás, com destaque para as evocações ao Caboclo
Sete Flexas, São Jerônimo, a Sereia Rainha do Mar, à Iansã do Fogo, nesta parte
do recinto, logo no primeiro contato se sente o vento, luzes e cores sobrenaturais.
Recentemente o Pai de Santo recebeu em sua residência, profissionais de
uma revista de grande circulação no Estado, e após um longo bate-papo o
resultado de tudo isso foi publicado de forma grosseira e pessimista, que levou
o seguinte título: Bita do Barão revela
que está sentindo a hora de “partir”. O comendador acredita que usaram a entrevista de forma sensacionalista
e afirma acredita que ainda terá muitos invernos pela frente (risos)
Em setembro deste ano, Mestre Bita do Barão esteve em Caxias, onde
prestigiou o aniversário de 105 anos da “Matriarca da Umbanda Caxiense” Yalorixá
Maria Madalena, da tenda espírita “Santa Bárbara”.
Mestre Bita do Barão e Familiares |
Ele aproveitou para falar ao JORNAL FOLHA DO TRABALALHO sobre a
reportagem polêmica.
“Nunca falei isso pra ninguém, ainda eu que vou demorar muito aqui na
terra e vou ficar velhinho. Quem disse isso é porque não gosta da nossa
religião e de ver em minha pessoa uma vida vitoriosa. Porque na verdade, hoje
eu sou um grande empresário, respeitado, grande Pai de Santo, grande curandeiro
e que só faz o bem às pessoas”
Com mais de um século de vida mestre Bita, mantém a saúde em dia e
confessa que ganhou esse nome pelo qual é conhecido em diversos locais e até
fora do país por dois motivos: Bita, por ser muito traquino na infância e
gostar de subir em árvores, então seu pai o considerava igual a um bode que
pulava bastante e resolveu chamá-lo assim. Já Barão é o nome do chefe
espiritual que entrou na vida do menino de Codó e começou a mudar o
comportamento e a dar um conhecimento espiritual que o fez um dos guias mais
respeitados do país.
“No inicio quando eu e minha mãe percebemos que algo diferente acontecia
comigo foi estranho, tinha horas que eu era o Bita, outra hora que eu era o
Barão. Sofri muito preconceito, tinha que atender as pessoas que me procuravam
escondido para não ser pego pela polícia, já que naquela época a igreja
católica tinha muito poder”, acrescenta o pai de santo.
De família católica, Bita do Barão nasceu em Codó onde vive e até hoje
realiza cerca de 100 atendimentos. Segundo ele, são pessoas que buscam cura
para a saúde e solucionar problemas emocionais, relacionados a trabalho e
política.
“Muita gente me procura e não é pouca não, dependendo do problema é
praticado um trabalho com luz e orientação, que eu não sei explicar, porque na
hora da consulta não é o Bita que atende e sim o Barão”. Pai de duas filhas
biológicas uma delas já falecida e de mais 16 filhos adotados, o guia
espiritual se considera um homem simples, corajoso e de fé, que busca perpetuar
seu trabalho orientando quem precisa.
Mano Santos, especial para o Jornal Folha do Trabalho
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