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Nessa rede vem o futuro

Nessa rede vem o futuro O ano de 2012 marcou a virada para um setor que reúne todas as condições de ser o motor de propulsão do Brasil d...


Nessa rede vem o futuro

O ano de 2012 marcou a virada para um setor que reúne todas as condições de ser o motor
de propulsão do Brasil do terceiro milênio. A pesca será sem dúvida um dos principais
alicerces para a nação que ambicionamos ser. Um país com pleno emprego, com crescimento
econômico e, ao mesmo tempo, promovendo o desenvolvimento social de todos os cidadãos
e consciente de suas responsabilidades com as gerações futuras (leia-se, com a preservação
do meio ambiente). Essa virada não se deu por acaso, foi fruto da capacidade do governo
federal enxergar o potencial desse setor e realizar investimentos, canalizados na sensibilidade
e competência de nosso ministro da Pesca e da Aquicultura, Marcelo Crivella.

A Amazônia Azul, como chamamos nosso vasto litoral, vai despertar o gigante adormecido.
Apesar de nosso vastíssimo litoral, ainda exploramos parcamente recursos que poderiam não
só resgatar uma considerável parcela da população ainda à margem de nosso crescimento,
oferecendo oportunidades de emprego e renda, como ainda colocar, na mesa do brasileiro,
alimentação farta e de qualidade.

Claro, há muito a ser feito, de forma a transformar esse potencial em realidade. No ranking
mundial dos países produtores de pescado, o Brasil aparece em 23º lugar na pesca e 17º na
aquicultura. A previsão é de que até 2015 o consumo anual brasileiro de pescado passará
dos atuais 9 quilos por ano para 13,8 quilos por habitante/ano. Como somos por volta de 200
milhões de habitantes, a cada quilo de incremento de consumo precisamos produzir mais 200
mil toneladas de pescado, ou seremos ainda mais dependentes da importação do que somos
hoje.

No entanto, a rede foi lançada e promete voltar cheia de esperanças e de frutos. Como
coordenador da Frente Parlamentar Mista da Pesca e Aquicultura no Congresso, tenho me
dedicado a divulgar os esforços do governo, a apoiar iniciativas como as que vejo serem
executados em meu estado, o Maranhão, onde durante o lançamento do Plano Safra (uma
novidade alvissareira no setor, com estabelecimento de metas e programas ambiciosos e
exequíveis) houve a participação concreta do Banco do Nordeste, em uma iniciativa que,
devidamente conduzida, oferecerá ao meu estado a possibilidade de se transformar no maior
produtor de camarão do mundo.

Sonhos?

No País dono da maior reserva de água doce do mundo, existe a oportunidade de cultivo de
pescado em rios, açudes, lagos e nos mais de 250 grandes reservatórios de domínio público. O
País pode ainda produzir peixes, crustáceos e moluscos em extensas áreas costeiras ou mesmo
em alto-mar. Na pesca de captura há um potencial de crescimento na produção de atuns –
onde estamos abaixo das cotas internacionais - e da anchoíta, cujo potencial é de 100 mil
toneladas anuais no Litoral Sul.

Na aquicultura, em águas públicas, a política do governo federal está voltada à demarcação,
regularização e implantação de parques aquícolas. Nos reservatórios, por exemplo, do Tucuruí,
no Pará; Castanhão, no Ceará; e Itaipu, no Paraná; a produção já foi iniciada e atinge hoje

aproximadamente 14 mil toneladas/ano, sendo o potencial de produção para os parques
aquícolas instalados nesses reservatórios de 299 mil toneladas/ano. Tudo isso, oferecendo a
chance de pequenos núcleos familiares gerarem renda, explorando áreas dos espelhos d’agua
desses reservatórios.

Nesse momento, encontram-se em processo de licenciamento ambiental, vários parques
aquícolas que, quando plenamente instalados, terão uma potencial de produção de
aproximadamente quase 900 mil toneladas/ano.

Ao mesmo tempo, o MPA tem investido em novas tecnologias, logística e preparação da mão
de obra de forma a melhorar a produção em águas salgadas. Somente no litoral de Santa
Catarina, foram entregues os primeiros parques aquícolas marinhos do Brasil, com capacidade
para produzir em torno de 43 mil toneladas de moluscos bivalves. O ministro Crivella tem
se esforçado para criar no País uma espécie de Embrapa da Pesca, empresa que quando
consolidada fornecerá, da mesma forma que a coirmã da agricultura, as técnicas necessárias
para o grande salto de nossa aquicultura.

Durante o ano de 2013, deverão ser implantadas 12 bases de serviço para apoio
ao associativismo e cooperativismo, contando com profissionais qualificados para
assessoramento aos grupos de pescadores e aquicultores. Esses projetos terão abrangência
territorial e estarão distribuídos em 18 Estados com demandas previamente diagnosticadas.

Concomitantemente, estamos investindo na conscientização do cidadão sobre a importância
do pescado na alimentação. Diversas ações do Governo vêm estimulando o consumo do peixe
no Brasil, como a que foi anunciada recentemente pelo Governo através do "Peixe na Mesa".

Quando colocados no papel, veremos que os benefícios econômicos e o potencial da pesca
e aquicultura no Brasil equivalem a um novo Pré-Sal, com investimentos menores que seu
equivalente na indústria energética. E com a capacidade de garantir, não só ao povo brasileiro,
mas a nossos irmãos de todo o planeta, a matriz de alimentos que se mostra próxima do limite
na agricultura e pecuária.

Cumpriremos assim nossa missão que é de promover o nosso desenvolvimento social e
contribuirmos para a sobrevivência o planeta.

Sim, lançamos a rede.

E com ela estamos capturando o futuro.

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